
Perseguição, torturas e mortes.Os terríveis 700 anos em que a Igreja matava quem ia contra suas crenças.
Mas eis que chega a inquisição e transforma todas as mulheres independentes em bruxas ou prostitutas ― o que dava no mesmo, até então. E as fogueiras da Europa não se importavam se a mulher fosse loira, ruiva ou morena.
O número de processos de sodomia feminina (lesbianismo) registrado pelo visitador da inquisição no Brasil, no século XVI, também era grande. É claro que havia lésbicas, mas muitas das acusadas de "ajuntamento carnal" com outras mulheres o faziam por completa incompreensão de seus maridos, falta de afeto e vida cruel.
Havia ainda aquelas que eram obrigadas a esperar a volta de um marido explorador que talvez nem estivesse mais vivo. Às vezes a espera superava décadas. Se a mulher se casasse novamente, poderia ser acusada pela inquisição de bigamia. Se "pulasse a cerca" com um vizinho, era acusada de adultério. A sodomia, por sua vez, era considerada um delito menor. Menor até que o homossexualismo masculino, já que os homens do Santo Ofício não podiam conceber a idéia do "ajuntamento carnal" sem que houvesse penetração.
Estimativa de mortos na época:

AS MULHERES DAQUELA ÉPOCA, ERAM SUBMETIDAS À VÁRIAS TORTURAS.
ALGUNS EXEMPLOS DELAS....












A função das mulheres brancas que vinham de Portugal era uma só: parir. E parir um varão, isto é, dar filhos homens a seus maridos. Essas mulheres estavam acostumadas a um mínimo de conforto na metrópole. Ao chegar aqui, encontraram o próprio inferno: calor, bichos, falta de tudo o que se possa imaginar e, sobretudo, de quem as entendesse. Elas eram escolhidas pelos homens, muitos deles degredados, e ainda tinham que providenciar o dote, uma espécie de recompensa para o sujeito que aceitasse "desencalhá-la". No fim das contas, a mulher branca valia menos do que uma vaca e a situação das chamadas "negras" (índias) e as "negras de Guiné" (negras africanas) não era diferente. Estupros e abusos eram mais comuns do que se pensa; as mulheres do século XVI não eram donas sequer do próprio corpo.
A necessidade de se casarem se explicava pela constante ameaça a que estavam expostas: era preciso um marido para garantir-lhes o sustento, defendê-la de feras e, sobretudo, do assédio de outros homens. As viúvas ficavam à mercê desse assédio e da fome, já que eram impedidas de trabalhar. Se não conseguissem se casar novamente, acabavam seguindo a predição da sociedade e virando prostitutas para garantir o próprio sustento.

São poucas as mulheres que ocupam lugares de destaque dentro de empresas e em cargos políticos, hoje. E são ainda mais escassas aquelas que conseguem fazer isso sem precisar vestir a fantasia de "mulher macho", para serem levadas a sério tanto por homens quanto por elas mesmas.
É impressionante como nos deixamos aprisionar pelos estereótipos propagados na sociedade e na mídia: novelas em que as personagens femininas são histéricas; revistas que ensinam 53 idéias para agradar o homem na cama, na mesa e no banho, ou 82 formas de ficar linda de morrer para o namorado; as "músicas" de axé, funk, pagode etc. que tratam as mulheres como "cachorras"... Enfim, é um bombardeio de informações que aproveita a reação feminina ao machismo histórico e a joga do lado oposto: o da masculinização.
Uma bobagem só. Somos independentes, não auto-suficientes, assim como os homens. Sempre vamos precisar deles como eles de nós.
Ao longo da história, nos obrigamos a ser aquilo que os homens queriam que fôssemos: bruxas, putas, mães, escravas, empregadas, damas, misses etc., tolerando os defeitos masculinos com a intenção de receber amor em troca. Está mais que na hora de eles quererem o melhor que temos para oferecer: companheirismo e cumplicidade.
Os homem vivem dizendo não entender o que as mulheres querem. Ora, queremos o de sempre: ser amadas. Sempre soubemos das mentiras que os homens contam, mas queremos tanto acreditar nelas que fingimos não ouvi-las. Do mesmo modo que os homens fingem não ouvir as verdades que as mulheres contam.
Mas felizmente a humanidade pôde evoluir, ter liberdade, as Antigas Religiões estão ressurgindo lentamente, mas constantes.
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