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quarta-feira, janeiro 29, 2014



Ponto de Fogo...

Eu achei muito interessante alertar para esse item... Quando o odor do enxofre, é eliminado pelo fósforo, para afastar os irmãozinhos indesejados..tudo bem..Agora muito cuidado, quando é feito o descarrego com a polvora....não se deve deixar fazer de qualquer jeito e nem por qualquer um, pois é muito eficiente se fazer com conhecimento de causa, e tem que haver um certo distanciamento do circulo magistico da pólvora em relação à pessoa que vai fazer a limpeza, por motivos até de queima de seu perispírito...por tanto alguns terreiros já nem fazem mais esse processo de descargar... Saibam mais...

O uso da pólvora esta presente em vários sistemas magisticos, e nas religiões que os comportam.

Lá no inicio de seu uso, na religião que hoje designamos de Bruxaria Natural ou Clássica, o uso da pólvora tinha por objetivo o despertar espiritual... Estampido, clarão, fumaça... O susto do desperto.

Com a apropriação de ritos por alquimistas cristãos, um dos componentes da pólvora, o enxofre, lhe conferiu o vinculo com o inferno cristão que também teria esta substancia... Daí em diante a queima de pólvora em rituais passou a simbolizar abertura de portais entre o mundo natural e o mundo sobrenatural, que também era tido por inferno...

Um dos rituais consagratórios da Bruxaria, consiste em se desenhar com pólvora símbolos rúnicos em um pentagrama circundado por sal, queimando os símbolos a medida em que se entoa cânticos de exortação... Mas isso é prática de grupos fechados, de verdadeiros estudantes da Arte e não dos entusiastas pós Jovens Bruxas, Paulo Coelho, Gardner e outros...

Em outras culturas a pólvora era usada até mesmo como aditivo a algumas beberagens.

Na Umbanda o que verificamos é o uso da pólvora em rituais de descarrego, bem ao estilo “Queima em nome de Jesus”... Certa vez um Exu falou o seguinte: “Quem queima cura, quem corta cuida”... Eu procuro me guiar por isso. Realmente, a pólvora quando empregada em rituais devidamente elaborados, de descarrego, funciona muito bem, o problema fica a cargo de motivos e resultados. O objetivo é queimar, destruir laços, espedaçar, lançar longe, enviar brutalmente para outro local e etc... O resultado da queima, é a debilitação ou incapacitação, resultantes do choque...

Ai ficam algumas questões... A caridade é só para os vivos? As entidades, Guias e Mentores, não dispões de outros mecanismos?

Já vi muito uso indiscriminado do Ponto de Fogo em Terreiros, mas existem alguns riscos, além dos materiais, neste tipo de ato mágico... Pode ocorrer em caso de despreparo, o famoso cutucar onça com vara curta, e ai a coisa fica realmente feia... pode ocorrer de se iniciar uma reação em cadeia, onde há a atuação de grupos de entidades obsessoras, pode ocorrer da dispersão do grupo, vindo seus integrantes a elegerem hospedeiros próximos, ou seja, membros da Casa...

Eu presenciei um Zelador tentando resolver o problema de uma consulente, queimando pólvora para afastar obsessores, porém os tais obsessores eram na verdade executores... A menina devia e devia muito. Uma vida dedicada a peripécias escabrosas, da qual não fazia o menor esforço para mudar, acumulava vitimas e dividas... Pois bem, estava sendo cobrada, não era um castigo divino, era apenas a atuação da Lei com o objetivo do benéfico aprendizado pela dor, que no caso dela se traduzia pelo remorso que a feria fundo e a tornava depressiva a cada nova ação contraria a Lei... Mas lá estava ela e o Zelador, chamei-o em particular e o alertei que aquilo era execução da Lei, que junto a moça se encontravam não uma, mas três Pombogiras, sendo que uma era sua própria guardiã... O Zelador falou que mal não faria se fossem Pomborigas mesmo... Realmente, a elas nada houve, mas o Zelador ficou algumas semanas sem trabalhar, e não foi por ter perdido as sobrancelhas com sua peripécia pirotécnica, mas sim, porque nada parava em seu estomago...

Comparo o Ponto de Fogo a um pequeno canhão, é tão ineficaz contra uma grandiosa montanha, quanto o é contra uma pequena mosca, tem de ter um alvo compatível. E sempre haverá os riscos do recuo, temos de nos posicionar de forma correta. Se muito ao lado não o alcançamos, se nos aproximamos muito, perdemos os dedos dos pés, se ficarmos atrás, somos atropelados, se ficarmos a frente, levamos chumbo... Só há uma posição, portanto só uma chance de acerto... Eu sou infante, não entendo quase nada de artilharia, portanto fico eu com minhas velas e ervas, fuzil do umbandista... Ao menos a ponta do fuzil eu não alcanço com o dedo. rsrsrsrsrs

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